Capítulo 1 - O Cetro!
Quando se casou pela primeira vez aos 24 anos, teve até um relacionamento longo de, três dias, ela foi embora sem dizer nada, apenas deixou um bilhete grudado no espelho do banheiro com os dizeres “adeus, eu nunca mais quero te ver na minha vida”.
Ele levava uma vida tranqüila, tirando o fato de morar em um apartamento alugado, cujo a dona amava ele, a não ser pelos gritos que se ouvia logo cedo, com os dizeres “PAGUE O ALUGUEL”, mas ele já estava acostumado com isso, afinal já morava ali a quatro longos anos, logo após ter sido deixado por sua ultima esposa, que dessa vez o trocou por outra mulher, dizia ela mulheres serem mais cheirosas e educadas, ao contrario é claro da Dona Guilermina do apartamento acima, cujo detalhes irei poupá-los.
Jack grande Jack, arqueólogo de nome, famoso, muito famoso, assim achava sua mãe, dizia ela – Um dia o mundo vai te enxergar meu filho, Jack discordava o mundo até o enxergava, afinal ele se achava um cara bonitão, mas enxergar é uma coisa e gostar é outra, mas as pessoas normalmente gostavam de Jack, pelo menos por 5 minutos após conhecê-lo, talvez suas piadas não o ajudassem muito, mas Jack era feliz na vida que levava, afinal podia comer pipoca e assistir o jogo de futebol todas as quartas a noite, sem ninguém atrapalhar, tirando dias que os vizinhos do 78 faziam barulhos estranhos, e acreditava Jack que eles pensavam que ninguém ouvia, mas Jack também fazia barulhos estranhos às vezes, quando derruba todas os talheres que tinha, ou copos, que já não sobravam muitos, existiam alguns raros graças a sua mãe que o visitava todo fim de semana, e já imaginando trazia um jogo de copos novos.
Era 15 de agosto, dia de aniversário de sua loja de antiguidades, na esquina da rua de seu apartamento, seu é um modo de dizer, vamos dar uma moral pra ele, mas quem cuidava mesmo da loja era seu grande amigo de infância Bruce, cujo contrário de Jack levava a sério a loja e ainda trabalhava como free lancer numa editora famosa na cidade, mal imagina seu futuro naquela editora, mas isso vão saber depois, afinal ainda estamos no Jack.
Jack saiu de seu apartamento, não sem antes quebrar um vaso que sua tia lhe dera há dois dias, desceu as escadas, devido ao fato de levar uma vida um tanto sedentária, parou de usar o elevador a um bom tempo, mas creio eu que nosso Jack tenha medo de elevadores, cujo comparado a perigos futuros, não é nada, mas ainda não chegamos lá... Jack saiu quase trombando com um homem estranho de barba mal feita, grande, gordo, o tipo de pessoa difícil de não trombar, seguiu pela calçada até chegar a “sua” loja de antiguidades “verdadeiras”...
-Ola Jack quebrou o que hoje na sua casa?
-Hum bem engraçado Bruce, mal começo o dia e já me recebe tirando uma com minha cara, muito obrigado...
-A não vai dizer que sua casa está intacta?
-Ah ta bom você venceu, quebrei aquele vaso italiano...
-É Jack o dia começou agora pra você, mas para mim começou às sete horas da manha, já ligaram da Osíris ltda., dizendo que a entrega vai ser hoje, é bom voçe ficar por aqui hoje, a Lia não entende muito dessas coisas, bom estou indo Jack, vou para editora, tenho que entregar umas fotos, mais tarde estou aqui pra fechar a loja...
-Ta bom Bruce vai lá pra sua editora não sei o porque você ainda trabalha naquele lugar, nem pagar bem pagam, e você se contenta sendo free lancer...
-Bom Jack se eu ganha-se melhor só aqui com a loja, com certeza nem estaria mais lá, não é?
-Está bem você sempre tem resposta pra tudo né Bruce.
-Bom meu caro amigo Jack primeiro, foi uma pergunta e não uma resposta, segundo, ainda seremos famosos Jack, pense nisso; disse Bruce correndo pra pegar o ônibus que passava na frente da loja.
-Lia que ouvia a conversa, veio em direção a Jack, que só a tinha reparado agora, uma mulher alta, cabelos pretos, olhos cor de mel, elegante, sempre bem vestida, ao contrário de nosso protagonista, que vestia uma velha calça jeans, uma camiseta azul que sua mãe lhe dera no natal retrasado, mas ainda em bom estado segundo Jack, um tennis novo que ganhara ontem de seu amigo Bruce, e um óculos escuro que já tinha saído de moda com certeza, mas isso não importava a Jack...
-Jack, Jack, JACK! Está me ouvindo. Gritou Lia.
-Lia, oi Lia, estou, estava pensando em umas coisas aqui.
-A você sabe pensar Jack parabéns, pensando, sei você está no mundo da lua isso sim.
-Nossa Lia até você, primeiro o Bruce agora você.
-ah ta bom Jack, desculpa patrãozinho. Disse Lia fazendo uma cara irônica pra Jack.
-Alem da Osíris alguém ligou Lia?
-Sim Jack era o que estou tentando te dizer, uma moça, muito bonita por sinal veio te procurar ontem aqui na loja, quando você saiu com o Bruce, e ligou hoje denovo me dizendo pra te segurar aqui por que ela vem hoje denovo, diz ela ser um assunto somente tratado com você, acho que ela pensa que voçe que resolve tudo por aqui.
-E não sou eu?
-ha ha ha...é o que você acha né grande patrão...
disse Lia não conseguindo conter a risada.
-Bom Lia eu vou tomar um café na padaria da esquina, caso essa tal moça vier, me de um toque no celular ok?
-Claro patrão, pode deixar, mas agora se aquele idiota da Osíris vier aqui fazer as entregas, e você não estiver aqui, pode tratar de procurar outra secretária, você sabe que ele fica me cantando, e odeio aquele cara.
-Calma Lia eu não demoro, eu prometo, preciso só comer alguma coisa, preciso matar quem está me matando.
-Olha lá Jack, cuidado com o colesterol, fico imaginando você no futuro, gordo, um velho gaga e ranzinza.
disse Lia de novo não conseguindo conter os risos novamente, mas seus risos foram acompanhados por uma mulher que acabará de entrar na loja e ouvira o final conversa.
-Cadê o Franklin. Pois não madame o que deseja?
disse Lia.
-Ah eu quero aquele cetro ali, estou de olho nele faz tempo, mas meu marido só me liberou o cartão de crédito hoje, já comprei roupas novas pra Lili, minha poodle rosa, ela não é linda?
-Senhora, sua poodle é linda mas, eu..., mas eu... mas eu...ATCHIMMMMMMMMMM, desculpe madame.
-Ah tudo bem garota, só espero que não tenha passado vírus nenhum pra Lili.
-Lia deixa que eu atendo ela, vá procurar o Franklin, era pra ele estar aqui no balcão.
disse Jack.
-Ok Jack, vou pro... ATCHIMMMMMMMMMMMMM, desculpa, vou procurar ele.
disse Lia aos espirros, andando até o corredor da loja.
-Bem então o que a madame quer mesmo?
-Ah lindo rapaz eu quero aquele cetro ali, minhas amigas vão morrer de inveja, quando verem, vão pensar que é de ouro puro, vai ser muito divertido.
Jack por um momento ficou imaginando, um monte de velhas com cadelas pra todos os lados, exibindo jóias umas pras outras, e não foi uma visão muito agradável.
-Hei rapaz, você vai me vender o cetro ou não?
-Ah sim aqui está madame.
disse Jack embrulhando uma réplica perfeita do cetro de Osíris, talvez umas das mais realistas que Jack possuirá em sua loja, vendia algumas relíquias com dor no coração, mesmo sendo replicas, afinal o cetro verdadeiro foi encontrado a pouco tempo em uma expedição ao Egito bancada pela pela empresa AMX, e realizada pelo filho do dono da empresa, o famoso arqueólogo Billy Fox jr.
-São R$ 325,00.
-Aqui está rapaz bonito, passe o cartão do meu marido, crédito, por favor, ele vai reclamar, mas ele não se importa de gastar com as amantes, então não pode reclamar de gastar comigo.
-Pronto madame, fez uma ótima escolha, é um artefato exemplar.
-Não ligo pra isso meu filho, só quero que minhas amigas vejam e morram de inveja, depois eu jogo em alguma caixa no porão e pronto.
E lá se vai o famoso cetro de Osíris, o artefato que Jack mais gostava de sua loja, Jack as vezes podia jurar que a saphira na ponta do cetro brilhava tanto que parecia de verdade, e agora estava nas mãos de uma velha gorducha, exibicionista, e metida, isso irritava Jack, mas negócios são negócios.


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