sábado, 30 de maio de 2009

Reflexão



Aí você lembra que ao chegar em casa, ninguém vai estar esperando ansioso. É só você, o controle remoto e a lasanha semi-pronta. Mais um dia que poderia muito bem ser apagado. Gritaria no trânsito, um almoço sem gosto, a correria de sempre. Desperdício de vida. 
Onde está o sorriso que a propaganda de margarina prometeu vir incluso na compra? Quando foi a última vez que eu realmente me diverti, dancei até cair, esqueci meus problemas, faltei numa reunião por acordar atrasado? Ainda dá tempo de fazer alguém feliz, saltar de pára-quedas, escrever um livro?

   



Ninguém nunca espera que eu saia dos meus limites. Quem me conhece de verdade? 
E quem sabe dos momentos que eu estou a ponto de explodir? As saudades são grandes, 
o telefone mudo. Me identifico com livros e personagens e nem tenho uma história pra contar. 
E se eu contar, quem vai se importar?


Ela tinha nos olhos a tristeza de uma vida não vivida. Podia contar nos dedos os sorrisos que sorria por amor. Fugia dos problemas pra esquecer a dor, mas que surpresa tinha: não vivia por supor.

Somos novos demais. Temos medo do amanhã e não conseguimos evitar que ele chegue. Sem perguntar nossa opinião o sistema impõe obrigações que nos forçam a amadurecer. Temos duas escolhas: lamentar pelo que é certo e transformar cada dia num abismo ou tirar de cada momento o melhor que existe nele.
Então vamos seguir. Entre caminhos, escolhas e medos, está nosso futuro. Nós merecemos conquistá-lo.







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